Moraes envia à PGR defesas do Núcleo 4 de denúncia da trama golpista

17/03/2025

Política

Procuradoria tem prazo de cinco dias para se manifestar

Fonte: © Bruno Peres/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta sexta-feira (14) à Procuradoria-Geral da República (PGR) as defesas dos acusados que pertencem ao chamado Núcleo 4 da trama golpista do governo do presidente Jair Bolsonaro.


Com a medida, a procuradoria terá prazo de cinco dias para se manifestar sobre os argumentos apresentados pelos advogados dos acusados.


De acordo com a PGR, os oito denunciados do núcleo 4 são acusados de organizar ações de desinformação para propagar notícias falsas sobre o processo eleitoral e ataques virtuais a instituições e autoridades. 


Fazem parte deste núcleo os seguintes investigados:


Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);


Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);


Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);


Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);


Reginaldo Vieira de Abreu (coronel),


Marcelo Araújo Bormevet (policial federal);


Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do presidente do Instituto Voto Legal);


Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho (blogueiro e neto do ex-presidente João Batista Figueiredo).


Julgamento

Após a PGR enviar a manifestação ao STF, o julgamento da denúncia do Núcleo 4 vai ser marcado pela Corte Suprema.


 O processo será julgado pela Primeira Turma do Supremo. O colegiado é composto pelo relator da denúncia, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.


Pelo regimento interno da Corte, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator faz parte da Primeira Turma, a acusação será julgada por este colegiado.


 Se maioria dos ministros aceitar a denúncia, Bolsonaro e os outros acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF.


 A data do julgamento ainda não foi definida. Considerando os trâmites legais, o caso pode ser julgado ainda no primeiro semestre de 2025. 

Fonte(s): Por Agência Brasil